sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Uma guerra que nunca poderá ser ganha

por mais recursos que nela se invistam, é uma guerra inútil. É o que se passa com a "guerra às drogas" que é, na génese - não o esqueçamos-, uma guerra a pacíficos consumidores para, logo depois, desenvolver a corrupção em larga escala em paralelo com o surgimento de regimentos de gangsters e respectivos capos. Não será de admirar, diria eu, que estes últimos sejam dos principais financiadores dessa guerra já que são eles que mais dela beneficiam.

2 comentários:

Anónimo disse...

Há muito tempo que considero que o Estado devia fornecer gratuitamente droga a quem a quer. Uma coisa do género: quantas doses de coca precisas por dia? Cinco? Toma lá 50 e não chateies...

Nem sequer se trata de abrir um precedente: afinal de contas o Estado já nos droga a todos, para nos esfolar os impostos sem nos revoltarmos, e dá-nos esses magníficos programas televisivos a pretexto de «serviço público»...

Por outro lado a máquina pseudo repressiva de combate ao tráfico (via polícia e tribunais, mais todos os custos associados aos crimes perpetrados por consumidores em virtude da necessidade de alimentarem o vício), sai mais cara aos contribuintes do que sairia o fornecimento gratuito de droga a quem a quer... A isto adiciona-se o custo das máquinas pseudo preventiva e terapêutica...

O Estado tem no entanto a obrigação de informar os cidadãos. E isto significa que, por exemplo, os livros escolares deviam informar os alunos dos riscos subjacentes ao consumo e uso de drogas. O que acontece (!!!) duma forma completamente desproporcionado face à dimensão dos 3 problemas: a preocupação com o consumo do tabaco e do álcool é maior, e muitíssimo mais expressiva, do que com as drogas. Não obstante o Estado cobra impostos só - e repita-se a palavra: só (!!!!) - ao tabaco e ao álcool... maravilhoso, não é?

Finalmente os programas de desintoxicação e reabilitação não deviam ser gratuitos nem subsidiados. Quem a eles recorresse teria de os pagar. Suportar o seu custo devia ser entendido como parte da terapêutica.

AM

André Miguel disse...

Liberalizem-se. Acaba-se com o crime e ainda permite cobrar impostos pela sua venda. Já diz o ditado que o fruto proibido é o mais apetecido.