sábado, 24 de março de 2012

Quem apanhou, apanhou

é o título da crónica de hoje de Vasco Pulido Valente. Destaco este excerto:
«[N]este Governo e na nuvem de peritos que vai gravitando à volta dele, qualquer pessoa reconhece uma linguagem comum (a da economia) e as preocupações dos fervorosos adeptos do mercado. É um acidente superficial. Debaixo da crosta, continuam a viver os subsecretários de Salazar ou os veneráveis lacaios do liberalismo. E o princípio que os move não mudou. Como se costumava lembrar na era da "liberdade restaurada" (ou seja, a partir de 1834): "Quem apanhou, apanhou; e quem apanhou que apanhasse".»
Público, 24-03-2012
___________________
Nota: para quem vem a este blogue pelo menos de vez em quando, facilmente compreenderá que eu não subscreva as referências ao "mercado" a que alude VPV (e por arrasto, à "economia") e ao "liberalismo" português (apesar dos historiadores assim terem cunhado um período da nossa História). O estatismo, esse, é que é a verdadeira linha de continuidade.

Sem comentários: