quarta-feira, 18 de julho de 2012

Chegou o longo prazo e suas consequências

Ouvimos, décadas a fio, em particular desde o New Deal, justificar toda e qualquer intervenção governamental destinada, segundo os políticos,  a melhorar a vida dos que sofrem ou, simplesmente, dos que menos têm, em especial, em situação de crise económica. Às objecções daqueles, na tradição clássica e austríaca, de que as intervenções do Estado na economia poderiam provocar mais malefícios que benefícios a longo prazo (como chamava a atenção, por exemplo, Frédéric Bastiat), Keynes famosamente retorquiu que "a longo prazo, estaremos todos mortos".

A manipulação dos governos na esfera da despesa pública e sucessivo alargamento de intervenção na economia, nos níveis crescentes de impostos sem todavia evitar astronómicos níveis de endividamento, junta-se agora a descomunal manipulação monetária levada a cabo pelos bancos centrais. O mundo ocidental caminha, a largos passos, para uma espécie de japonização mundial querendo com isso significar a estagnação e declínio relativo do gigante do Oriente após 20 anos de receitas keynesianas e monetaristas (estímulos monetários). Dir-se-ia que o longo prazo chegou, finalmente, e ameaça instalar-se por muito tempo caso não se inverta radicalmente o caminho que nos trouxe até aqui.

Patrick J. Buchanan, referindo-se ao seu próprio país, e consciente deste mesmo falhanço também nos EUA, alerta para o perigo em "Main Street Goes Broke" de que escolho o seguinte excerto:
Since the New Deal, Keynesianism has been our answer to recession. As the private sector shrinks, the pubic sector expands to fill the void until the private sector returns to health. Only Keynesianism is not working.

Obama gave us an $800 billion stimulus and four deficits totaling $5 trillion. The Fed tripled the money supply and put interest rates at near zero. The banks are flush with cash. But the engine will not turn over.

What about supply-side tax cuts? But with the Bush tax cuts still in place, taxes are generating the smallest share of gross domestic product in decades.

How much bigger a deficit should we run?

Liberal economists are saying, deficits be damned, print money and spend. With Republicans blocking tax hikes and Democrats resisting cuts in Medicare, Medicaid and Social Security, all eyes turn to the Fed.

As Milton Friedman said, “Inflation is the one form of taxation that can be imposed without legislation.”

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