sexta-feira, 6 de julho de 2012

Os resultados dos estímulos de Obama - reality check

O gráfico abaixo, na sua variante inicial, contrastava a projecção do comportamento da economia americana, no tocante à evolução da taxa de desemprego, no início do mandato de Obama, se ela fosse deixada a si própria (linha a azul claro - "without recovery plan") com aquela que resultaria - e justificaria - a política de estímulos à economia com que o novo presidente se propunha salvar a economia (a linha azul a cheio - "with recovery plan"). Quatro pontos de referência, a vermelho no gráfico, bastariam para refutar, a posteriori, os estímulos obâmicos: o desemprego real está hoje muito acima do que se projectava mesmo que não tivesse havido plano de recuperação (i.e., "estímulos")

Gráfico retirado daqui
É certo que os keynesianos reconhecem os fracos resultados dos "estímulos" mas a razão última do fiasco é atribuída - poderia ser lá de outra forma? - ao montante "diminuto" dos mesmos, pelo que para resolver o problema apenas basta promover mais despesa pública em ainda maiores dimensões. Este raciocínio circular é, por definição, infalsificável pois o fracasso das políticas perseguidas é sempre "explicável" pela insuficiência da "dose" aplicada. Uma mente livre, todavia, não poderá deixar de se interrogar senão teria sido bem melhor o governo nada ter feito e que os recursos despendidos no "estímulo" não teriam sido muito melhor empregues noutras utilizações.

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