domingo, 28 de outubro de 2012

O inesperado impacto do "multiplicador" do azeite

Segundo o Público,
A produção nacional de azeite atingiu, na última campanha, o valor mais alto desde os anos 1967 e 1968: 76.203 toneladas que ajudaram a estimular o ímpeto exportador do sector.
...
"Há cinco anos, ninguém teria imaginado que seria possível este crescimento. A forma como os indicadores dispararam não era expectável", admite Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite, Associação do Azeite de Portugal.
Pois é, eis mais uma partida dos "multiplicadores". Depois dos tomates e das castanhas, chegou agora a vez do azeite surpreender (talvez não tanto os destinatários dos múltiplos subsídios à produção agrícola). Dogbert explica a coisa, de forma singela:


Portanto, e em resumo: não sendo as autoridades (nem de resto ninguém) capazes de antecipar o que vai acontecer, a prazo, com o mercado dos tomates ou o das castanhas, como crer, por um segundo que seja, na presunção - uma presunção fatal - de serem capazes de prever o resultado das escolhas e das interacções de milhões de indivíduos num dado intervalo de tempo? Não se trata de "errar" as previsões (por ter havido erro nas "contas"), trata-se tão só e apenas da incapacidade de prever o resultado de um fenómeno de  natureza caótica, não-linear. A Matemazição da disciplina da Economia é uma fraude intelectual como já em 1962, Ludwig von Mises, observava: "Como método de análise económica, a econometria é um acriançado jogo com números que em nada contribui para elucidar a realidade dos problemas económicos".

2 comentários:

Lura do Grilo disse...

Ao falar com um cubano disse-lhe que a produção de açúcar de Cuba era menor agora que em 1905 quando não havia mecanização. Ele disse-me que sim: o governo tinha decidido investir na indústria metalúrgica (imagine-se com os problemas de energia de Cuba) pois as ramas de açúcar estavam a um preço baixo.
Logo por azar o açúcar tem estado em alta! Uns criminosos: estes planeadores.

Eduardo Freitas disse...

É mesmo: a imbecilidade dos governantes sempre foi a desgraça dos súbditos.