segunda-feira, 29 de abril de 2013

Aquecimento global acentua-se

Neve cai na região da Guarda em plena Primavera.

Ah, peço desculpa. Lá estou eu outra vez a confundir "o tempo com o clima"! Mas talvez o leitor faça o favor de me conceder alguma indulgência. Afinal de contas, esta "confusão" já dura há uns anitos (16, segundo o próprio Met Office).

domingo, 28 de abril de 2013

Transaccionando com bitcoins em pleno coração de Berlim

O mercado livre a funcionar é surpreendente, sobretudo para os que dele patologicamente desconfiam. Não me incluindo neste grupo, e mesmo permanecendo céptico quanto ao futuro da bitcoin, não deixo de assinalar mais este exemplo da prodigiosa capacidade humana. A história e o vídeo são do Guardian.  

sábado, 27 de abril de 2013

Bob Dylan - Not Dark Yet



Leis de controlo de armas: mais pensamento mágico em acção

Thomas Sowell, em The Fact-Free Gun-Control Crusade, desmantela os argumentos (?) daqueles que periodicamente ensaiam, em cada episódio de matança pública levada a cabo por loucos e terroristas de múltiplas matizes, a proibição efectiva de meios de defesa pessoal e da propriedade dos cidadãos contra as acções de criminosos que atentem contra a sua vida e a dos seus bem como da sua propriedade.

Num mundo onde a estatística de há muito reina, tentando "vender" relações de causa-efeito a partir de meras correlações (onde o impulso para a batota é por vezes irresistível..,), Sowell sublinha a notável ausência de "estudos" na oratória dos promotores do desarmamento dos cidadãos ("para o seu próprio bem", claro). O pensamento mágico que subjaz  ao estatista segundo o qual um qualquer papel, proibindo isto ou aquilo, levará (!) os facínoras e criminosos a absterem-se de se comportar segundo a sua natureza - acaba invariavelmente por levar a resultados opostos aos anunciados. Por vezes, caso da Lei Seca ou da Guerra às Drogas, o resultado trágico é o de transformar milhões de pessoas, até então pacíficas, em "criminosos"; simultaneamente,  surgem e desenvolvem-se os gangs que são os directamente beneficiados pelo proibicionismo.

A tradução é da minha responsabilidade.
No meio de toda a acalorada e emocional defesa do controlo de armas, já alguém ouviu falar de uma única pessoa que tenha apresentado provas convincentes de que leis mais rígidas de controlo de armas tenham efectivamente reduzido os homicídios?

Thomas Sowell
Pense-se em todos os estados [dos EUA] e comunidades no seu seio, bem como nos países estrangeiros, que tenham leis de controlo de armas muito apertadas ou, pelo contrário, sejam pouco restritivas ou até mesmo inexistentes. Com tantas variantes e tantas fontes de informação disponíveis, certamente que, algures, haveria provas irrefutáveis de que leis mais restritas de controlo de armas reduziriam de facto a taxa de homicídios. E se leis mais rígidas de controlo de armas, na realidade, não reduzem a taxa de homicídios, por que razão estamos então correndo em direcção a tais leis após cada tiroteio que obtém a atenção dos media? Já alguma vez os meios de comunicação social mencionaram estudos que tenham apresentado evidências de que as taxas de homicídio tendam a ser maiores em locais com leis de controlo de armas mais restritas?

O inconfessável segredo está em que as leis de controlo de armas, na realidade, não controlam armas. Elas desarmam os cidadãos cumpridores da lei, tornando-os mais vulneráveis perante os criminosos, que permanecem armados em desrespeito a tais leis. Na Inglaterra, os crimes à mão armada dispararam com o quase desaparecimento da posse legal de armas sob as leis cada vez mais severas de controlo de armas nos finais do século 20 (ver o livro Guns e Violence [: The English Experience] [link], de Joyce Lee Malcolm). Mas o controlo de armas tornou-se numa daquelas cruzadas, baseadas em suposições, emoções e retórica onde os factos são dispensáveis.

O que quase ninguém menciona é que as armas são utilizadas para defender vidas assim como para ceifar vidas. Na realidade, muitos dos horrendos massacres a que assistimos através dos meios de comunicação social terminaram quando alguém apareceu munido de uma arma e pôs fim à matança. O Instituto Cato estima que aconteçam mais de 100 mil utilizações defensivas de armas de fogo por ano. Impedir que cidadãos cumpridores da lei se defendam a si próprios pode custar muito mais vidas do que as que se perdem nos episódios de tiroteio que os media divulgam. As vidas salvas por armas de fogo não são menos preciosas apenas pelo facto de os media não lhes prestarem atenção.

Muitas pessoas que nunca dispararam uma arma nas suas vidas e nunca enfrentaram perigos que ameaçassem a sua vida sentem-se, não obstante, qualificadas para impor restrições legais que podem vir a revelar-se fatais para outros. E os políticos, ansiosos por "fazer algo" que lhes confira publicidade, sabem que os votos dos ignorantes e dos ingénuos continuam a ser votos.

Virtualmente nada do que está sendo proposto na legislação de controlo de armas é susceptível de reduzir as taxas de homicídio. Restringir a capacidade dos carregadores   das armas à disposição dos cidadãos cumpridores da lei não irá restringir a capacidade dos carregadores dos que não são cidadãos cumpridores da lei. Essas restrições apenas significam que é mais provável que seja o cidadão cumpridor da lei a ser o primeiro a ficar sem munições. Qualquer um teria que ser um atirador de eleição para afastar três invasores da sua casa com apenas sete tiros dirigidos contra alvos móveis. Mas sete é o número mágico de balas permitido num carregador segundo as novas leis de controlo de armas do estado de Nova Iorque.

As pessoas que apoiam tais leis parecem despreocupadamente assumir que estão a limitar os danos que podem ser causados ​​por criminosos ou doentes mentais - como se os criminosos ou os loucos se preocupassem com tais leis.

Proibir as chamadas armas de assalto não passa de uma farsa, para além de uma fraude, porque não existe uma definição concreta do que é uma arma de assalto. É por isso que têm que ser especificadas pelo nome tantas armas nestas proibições - e as especificadas como sendo a banir não são tipicamente mais perigosas do que as outras não especificadas. Algumas pessoas pensam que "armas de assalto" significam armas automáticas. Mas as armas automáticas foram proibidas há décadas. A proibição de armas de feia aparência, parecidas com "armas de assalto", pode trazer benefícios de ordem estética, mas não reduzirá minimamente os perigos para a vida humana. Ficar-se-á tão morto quanto acontecerá se se for assassinado com uma arma de aparência muito simples.

Uma das perigosas inconsistências de muitos, se não da maioria, dos cruzados pelo controlo de armas é que aqueles que são os mais entusiastas por retirar as armas do alcance dos cidadãos cumpridores da lei frequentemente não estão tão preocupados em manter os criminosos violentos atrás das grades. A indulgência para com os criminosos há muito que faz parte do padrão dos fanáticos pelo controlo de armas de ambos os lados do Atlântico. Quando o desejo insaciável para reprimir os cidadãos armados cumpridores da lei se combina com uma atitude de indulgência para com os criminosos, dificilmente pode ser surpreendente quando as leis de controlo de armas cada vez mais restritas forem acompanhadas pelo aumento dos índices de criminalidade, incluindo assassinatos.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A manipular o pagode esmifrando-o

António Mexia: "Investimentos nas renováveis vão baixar preços da energia"

Esta é a "caixa" na capa da edição impressa do Jornal de Negócios de hoje. No interior, numa entrevista de 4 (quatro) páginas, o habitual exercício de manipulação e um exemplo típico do funcionamento de uma "empresa do regime" e que é directamente beneficiada pelo politicamente correcto em vigor e pelo dinheiro do contribuinte/consumidor, pelo menos onde ainda vai havendo dinheiro para pagar os delírios governamentais (actuais e passados). 

António Mexia afirma que Portugal tem hoje "a tarifa eólica marginal [meu itálico] mais baixa de toda a Europa"; que as "estatísticas europeias mostram que os preços médios da energia em Portugal, em particular para os industriais, estão significativamente abaixo da média europeia e de Espanha". Somos uns sortudos, portanto, apesar de, estranhamente, haja quem ache que não é bem assim. E de resto, acrescenta, se as tecnologias poluentes "estivessem a pagar valores minimamente razoáveis [itálico meu] pelo CO2, essa percepção [de elevados custos energéticos] seria fortemente distinta" para além de que "[h]oje os combustíveis fósseis não estão a pagar a externalidade negativa na nossa economia". Mais: "os subsídios nas renováveis são oito a dez vezes inferiores aos subsídios a nível mundial [itálico meu] dados ao petróleo e ao gás".

Mexia rejeita pois a afirmação do ex-secretário de Estado da Energia de "que a EDP vive à custa dos portugueses", embora só a "seu tempo" se mostra disponível para a comentar. Até porque "não tem dúvidas" que "estruturalmente, estes investimentos hoje vão baixar os preços de energia a prazo" [meu realce] proporcionando assim "uma vantagem importantíssima do ponto de vista geracional". Sim, sem dúvida. Tal como a dívida.

Sócrates, Zapatero ou Obama não diriam melhor.

Citação do dia (110)

"By liberty I mean assurance that every man shall be protected in doing what he believes to be his duty against the influence of authority and majorities, custom and opinion."
Lord Acton

Produção versus Consumo ou a diferença entre um economista e Lorde Keynes

Na sequência de Uma dose de senso comum: qualquer idiota consegue consumir, e com a devida vénia a António Costa Amaral pela indicação do texto de George Reisman - Production versus Consumption - onde se contrastam as "duas teses fundamentais" da teoria e vida económicas dos últimos dois séculos, entendi por útil traduzi-lo pois a oposição veiculada no seu título constitui o cerne do debate político e económico dos nossos dias. Por um lado, temos aqueles que sustentam ser o consumo que induz a expansão da produção (que traduzi, à falta de melhor termo, por visão "consumista" [consumptionist] da economia); a esta opõe-se a teoria "producionista" [productionist] que defende que só a expansão da produção, possibilitada pela acumulação de capital, pode proporcionar o acréscimo do consumo. O texto é algo longo mas creio valer a pena a sua leitura integral para a qual não é necessária nenhuma iniciação em economês, apenas o recurso ao raciocínio lógico.
Existem duas visões fundamentais da vida económica. Uma dominou a filosofia económica do século XIX, sob a influência dos economistas clássicos britânicos, como Adam Smith e David Ricardo. A outra dominou a filosofia económica do século XVII, sob a influência do mercantilismo, e voltou a dominar a filosofia económica do século XX, em boa medida devido à influência de Lord Keynes.

Imagem retirada daqui
O que distingue estas duas visões é o seguinte: no século XIX, os economistas identificaram o problema fundamental da vida económica como a forma de expandir a produção. Implícita ou explicitamente, perceberam a base da actividade económica e da teoria económica como estando assente no facto de que a vida do homem e do seu bem-estar depende da produção de riqueza. A natureza do homem fá-lo necessitar de riqueza; os seus juízos mais elementares fazem-no desejá-la; o problema, mantinham, é produzi-la. A teoria económica, portanto, podia dar por adquirido o desejo de consumir e concentrar-se nas vias e nos meios pelos quais a produção poderia aumentar.

No século XX, os economistas regressaram à visão directamente oposta. Em vez de o problema ser entendido como a forma de expandir continuamente a produção diante de um desejo ilimitado de riqueza resultante das ilimitadas possibilidades de melhoria na satisfação das necessidades do homem, o problema é erroneamente identificado como sendo a forma de expandir o desejo de consumir para que o consumo possa ser adequado à produção. A teoria económica no século XX dá a produção por adquirida e concentra-se nas vias e nos meios pelos quais o consumo pode ser aumentado. Tudo se passa como se o problema da vida económica não fosse a produção de riqueza, mas sim a produção de consumo.

Estas duas premissas básicas, diametralmente opostas e mutuamente exclusivas, sobre o problema fundamental da vida económica desempenham o mesmo papel na teoria económica como o fariam metafísicas contraditórias em filosofia. Ponto por ponto, elas resultam ou em conclusões opostas ou no desenvolvimento de razões opostas para a mesma conclusão. Elas determinam a teoria económica de uma forma tão completa e fundamental que dão origem a dois sistemas completamente diferentes do pensamento económico.

Duas visões do emprego

Bob Dylan - Things Have Changed



quarta-feira, 24 de abril de 2013

Uma dose de senso comum: qualquer idiota consegue consumir

noutra ocasião fiz referência a Irwin Schiffer que, hoje com 85 anos de idade, tem ainda pela frente mais quatro anos de pena (!) a cumprir (num total de 13 anos de prisão) por "crimes fiscais" por si assumidos ex ante. Como um dos seus filhos, o conhecido Peter Schiff, explica aqui, o patriarca Schiff entendeu enfrentar o "sistema" por recurso a uma "pega de caras". A resposta dos seus servidores foi evidentemente esmagadora para que servisse "a título de exemplo".

Neste vídeo (via A Arte da Fuga), Irwin Schiff explica, com uma qualidade didáctica notável e fazendo apelo ao senso comum, por que razão é a produção que precede o consumo e não o inverso.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Estudos e tretas ou tretas de estudos (2)

Na sequência de Estudos e tretas ou tretas de estudos, mais uma pérola de imbecilidade:

Belief in free market economics predicts rejection of science.

Uma mentira despudorada

Tem havido um grande alarido no milieu "crescimentista" pelo facto de terem sido detectadas práticas metodológicas duvidosas (?) num paper de 2010, da autoria de Carmen Reinhard e Kenneth Rogoff - "Growth in a Time of Debt" -, incluindo até, autêntica cereja no cimo do bolo, um erro "no Excel" (leia-se, numa folha de cálculo usada pelos autores para sustentarem a sua análise). Os autores vieram a público reconhecer a existência de um erro relevante no seu trabalho cuja identificação conduz a "uma importante correcção na Figura 2 do paper" sem que com isso, todavia, e na opinião dos autores, tenha sido invalidada a sua "mensagem central" e o trabalho subsequente produzido que nele assentou. No essencial, está em causa a correlação, negativa, entre crescimento económico e o stock dívida pública que seria marcante quando é ultrapassada a fasquia dos 90% do PIB.

Os crescimentistas, com o inevitável Paul Krugman à cabeça a evocar a Depressão do Excel, logo vieram sentenciar que o fundamento/justificação para as políticas de "austeridade" tinha sido ferido mortalmente. Para estes, afinal, a solução para a crise é simples e assenta em dois pilares para "estimular" a economia: 1) pôr os governos a gastar, gastar e continuar gastar furiosamente o dinheiro "impresso" pelos bancos centrais; 2) em simultâneo, punir, punir e voltar a punir (através da prática continuada de taxas de juro zero) todos aqueles que, infectados por um vírus letal, impedem que a "procura agregada" cresça "adequadamente" ao optarem por um obsessivo e doentio comportamento que, como é evidente para os keynesianos, caracteriza a poupança e os que a praticam.

Não vou aqui defender o trabalho de Reinhard e Rogoff1 pois não acredito que no domínio das Ciências Sociais e, portanto, da Economia, seja sequer possível produzir conhecimento por recurso ao empirismo positivista, por mais sofisticados que sejam os modelos estatísticos e econométricos utilizados. Aliás, mesmo que alguma vez se conseguisse "explicar", através de um modelo, a evolução verificada de um dado indicador económico no decorrer de um longo período histórico2 - e nunca o foi -, daí não decorreria qualquer validade de uma previsão meramente assente em dados históricos. Afinal, os homens não são pedras nem robots, apesar das contínuas tentativas de tenebrosas elites intelectuais cuja génese é conhecida. Citando Gary North, "This time, it’s still not different. Non-Austrian economists still cling to their historical relationships, as if these were anything other than historical relationships".

Como não acredito em alquimia, não posso ter em boa conta aqueles que a praticam sustentando que seria possível chegar à prosperidade através da despesa proporcionada por dinheiro criado a partir do nada. Como não acredito em charlatães, indigno-me com aqueles - alguns deles insultando a condição que invocam de economistas - que advogam que a subida do salário mínimo seria uma boa medida para estimular a economia e mesmo - pasme-se! - para "estimular" o mercado de emprego.

Por essa razão, não me interessa discutir - não interessa discutir - se o limiar do desastre está nos 90% ou nos 100% (as estatísticas hoje divulgadas apontam para os 123,6% para o rácio dívida pública/PIB em Portugal no final do ano passado). O que é relevante - ainda que muito difícil de digerir por muitos - é que não é o consumo que reboca a economia. Só a produção o faz. Foi o que Robinson Crusoe e Sexta-Feira rapidamente perceberam.

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1Steve McIntyre encontra semelhanças perturbadoras entre este caso e o do infame "hockey stick".

2Uma das questões histórico/económicas mais intrigantes que permanece por explicar é o fenómeno de superação do que ficou conhecido pela "armadilha malthusiana", isto é, alcançar o crescimento sustentado do rendimento per capita. Hans Herman-Hoppe avançou recentemente com uma hipótese explicativa. Gary North aponta aqui para a forte possibilidade de Deirdre McCloskey estar perto de a desvendar.

Citação do dia (109)

"There is no worse tyranny than to force a man to pay for what he does not want merely because you think it would be good for him."

domingo, 21 de abril de 2013

Porque amanhã é o Dia da Terra

nada mais apropriado que (re)ver e ouvir o genial George Carlin perorar sobre a "salvação do planeta" (chamada de atenção para a linguagem profana utilizada) aproveitando a ocasião para agradecer a amabilidade do leitor Sérgio pela indicação do seguinte link: NASA – New study shows that CO2 COOLS atmosphere.

Mas, e sobretudo, aqui quero publicamente endereçar um grande abraço de amizade e reconhecimento ao Maurício Porto pela referência que justamente conseguiu para o seu Terrorismo Climático. Que depressa possa retomar a actividade plena.

Os três pilares de um consenso tenebroso

Gary North, que, recorde-se, fez parte do gabinete do congressista Ron Paul, explica de modo sucinto  porque não há razões para supor que uma alteração na cor do estandarte desfraldado no Congresso possa levar a uma mudança nos fundamentos do estado americano do welfare/warfare. Eis aqui explicitados os princípios essenciais por que se bateu (e continua a bater) Ron Paul e explica a solidão a que o status quo o votou.

De referir que Gary North, a par de Tom Woods, é uma das figuras mais influentes de uma importante iniciativa directamente patrocinada por Ron Paul (que está a escrever um livro sobre o tema) desde que deixou o Congresso: "The Ron Paul Curriculum", iniciativa desenvolvida para auxiliar as famílias que optem por educar os seus filhos em suas casas - o designado "homeschooling" ou "ensino doméstico", movimento que observa um muito significativo crescimento nos últimos anos nos EUA. Outra iniciativa directamente ao conteúdo do texto de Gary North é o relativo ao "Institute For Peace and Prosperity", lançado esta semana. A ambos os temas voltarei logo que possa.

A tradução do texto de North é da minha responsabilidade.
RAZÕES PELAS QUAIS OS CONSERVADORES ACEITAM IMPOSTOS ALTOS, O SISTEMA DE RESERVA FEDERAL E A MOEDA FIAT

Recentemente, escrevi um artigo no qual argumentava que existem três pilares políticos do militarismo [warfare] moderno: elevadas taxas de imposto progressivo, um banco central e a abolição do padrão moeda-ouro. Chamei-lhe "O Triunvirato do Militarismo Moderno" [artigo disponível apenas para assinantes].

Desde o dia em que Ron Paul prestou juramento como deputado em 1976, os seus críticos no interior do Congresso foram consistentes. Eles opuseram-se à sua posição quanto às relações externas e à defesa. Ele era contra a expansão do Império Americano. Ele pretendia um sistema estritamente defensivo quanto às despesas militares. Ele não aprovava a constante intromissão do governo americano nas políticas internas das outras nações. Assim, ele foi criticado pelos conservadores dentro do Congresso como sendo suave para com o comunismo, ou por ser ingénuo quanto à necessidade de uma política externa agressiva, ou por ser anti-defesa.

Estes mesmos conservadores consideravam-se a si próprios duros adversários do moderno estado social. Mas o estado social moderno é também suportado pelos três pilares do militarismo moderno, ou seja, altas taxas marginais de imposto, o banco central e a abolição do padrão moeda-ouro. A estrutura de todos os governos modernos favorece a expansão do militarismo e do estado social.

O QUE CONTA É O SENTIDO DOS SEUS VOTOS

sábado, 20 de abril de 2013

A retórica de Obama, o atentado de Boston e o curioso Glenn Beck

Ainda há bem pouco tempo, em mais uma tentativa para desarmar a população civil (à boa maneira do que todos os regimes totalitários fizeram), ouvimos Obama afirmar: "Weapons of war have no place on our streets". No caso, Obama não estava a abranger como "armas de guerra" nem as panelas de pressão utilizadas no atentado de Boston nem o tipo de faca usada para apunhalar uma quinzena de pessoas numa universidade texanaLone Star College). Em qualquer caso, do pouco que ainda conhecemos, se é que alguma vez viremos a saber o que realmente se passou, o que me parece de reter foi a dimensão gigantesca e absolutamente desproporcionada da reacção das autoridades - na realidade, impondo um estado de sítio a uma cidade com perto de um milhão de habitantes - uma escala mais própria de uma ficção que se julgava distópica.

Em plena cacafonia informativa que a cada um caberá navegar, confesso que fiquei intrigado com esta ameaça reacção do curioso Glenn Beck (via EPJ). Na próxima 2ª feira, veremos se com algum real conteúdo.

Da (in)utilidade de ver televisão ou ler jornais

Por Gary Varvel

As acções têm consequências

Expresso - 20-04-2013

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Austrália: a "nova" Suíça?

Com o título que encima este post, Simon Black, via ZH, assina o artigo que abaixo traduzo. A motivação residiu, evidentemente, na fortíssima inquietação por que passam todos aqueles que procuram, de um modo ou de outro, proteger as suas poupanças. Mesmo se tal não for o caso do leitor, creio que Simon Black nos permite ficar a conhecer um pouco mais do que se vai passando no mundo ocidental.
A Suíça é o local que tradicionalmente se mantinha acima de todos os restantes quanto à reputação da sua estabilidade financeira.

Porquê? Porque a moeda era bem gerida, o sistema bancário era sólido, e o país tinha uma longa tradição em bem tratar o capital.

Ao longo dos últimos anos, no entanto, essas vantagens desapareceram.

A Suíça, voluntariamente, renunciou ao sigilo bancário e muitos dos bancos suíços estão sofrendo agora uma hemorragia de fundos.

E, pior, o governo suíço destruiu a sua reputação de respeito pelo capital quando ligou a cotação do franco suíço ao euro, em 2011, para deter a rápida ascensão do franco.

O principal banqueiro do banco central do país na época, Philipp Hildebrand, afirmou que iria comprar moeda estrangeira em "quantidades ilimitadas" para defender essa ligação [ou seja, impedir uma valorização do franco face ao euro].

Isto não é algo que um administrador responsável por uma moeda possa alguma vez dizer. A paridade cambial não era nada mais que uma forma do controlo de capitais... e na realidade isso prejudicou fortemente quem quer que tivesse confiado as suas poupanças ao sistema suíço.

Desde então, a necessidade do mercado em encontrar um refúgio financeiro seguro tornou-se cada vez mais desesperada. Basta olhar para Chipre para perceber por quê.

Nem sim nem não, antes pelo contrário

François Hollande: "A solução para a crise não é a austeridade, é a credibilidade, a sustentabilidade e a estabilidade".

É bem provável  que a luminária crescimentista gaulesa tenha colhido inspiração num célebre dito de um ex-recém-estudante (?!) de Science Po quanto este descartava a ideia que tivesse havido (credo!) algum descontrolo nas contas públicas na "Ocidental praia Lusitana" aquando do seu consulado governativo.

terça-feira, 16 de abril de 2013

O estertor aquecimentista

Via Reuters, reconfirmam-se as manobras a que aqui  me referia: Climate scientists struggle to explain warming slowdown. Chega um momento - após 15 anos de estagnação da subida das temperaturas - em que a "narrativa" catastrofista dificilmente se consegue manter.

Godfrey Bloom, com a sua habitual acutilância, não precisa de mais de um minuto para lavrar oralmente a sentença, ontem no Parlamento Europeu. O Público ficou pesaroso.

sábado, 13 de abril de 2013

Marc Faber: Ouro, uma oportunidade

Perante a evolução da cotação do ouro nos últimos 25 anos


não é de admirar que Marc Faber tenha afirmado, ontem, em entrevista à Bloomberg: "I love the fact that gold is finally breaking down because that will offer an excellent buying opportunity".

Nas vésperas de um novo e gigantesco crash?

A semana que passou foi marcada pela sucessiva ocorrência de novos recordes nos índices bolsistas norte-americanos. A avaliar pelo que se vai lendo nos media do mainstream, tratar-se-á de um sinal de que, apesar do que algumas Cassandras vêm escrevendo, o optimismo dos agentes económicos americanos manifesta, talvez não, vá lá, um forte vento de popa (há quase 48 milhões de americanos a viver de "vales" de refeições),  mas, pelo menos, apresentará sinais "encorajadores".

Há uma leitura radicalmente alternativa a esta que conduz sem surpresa a um diagnóstico oposto: a exuberância bolsista está, há anos, a ser fabricada, exclusivamente, pela crescente e infindável manipulação monetária da Fed (QE) acompanhada da destruição/erradicação dos aforradores pela fixação administrativa de taxas de juros baixíssimas (ZIRP). Tudoo isto em benefício de Wall Street às expensas da Main Street (recorde-se que "não há almoços grátis"). Estou crescentemente convencido que aí vem uma nova crise financeira global - a exuberância paga-se, e o estouro sempre se sucedeu à bolha.

Via ZH, Michael Snyder inicia assim os "11 crashes que estão acontecendo AGORA MESMO" (minha tradução):
"O mercado accionista ainda não entrou em crash, mas há muitos outros colapsos a acontecer agora no mundo das finanças. Tal como vimos suceder em 2008, as acções estão a demorar um pouco mais de tempo para se alinharem com realidade económica. Mas praticamente para qualquer lado que se olhe, há sinais de que se iniciou uma avalancha financeira. As Bitcoins crasharam, as cotações do ouro e da prata estão a afundar, o preço do petróleo e a procura global por energia continuam a diminuir, os mercados bolsistas por toda a Europa estão entrando em colapso e o indicador da confiança dos consumidores nos Estados Unidos teve o maior revés (face às expectativas existentes) de que há memória. De muitas formas, tudo isto é extremamente reminiscente de 2008. À parte o colapso da Bitcoin [inexistente em 2008], quase tudo o que está agora a acontecer também aconteceu então. Significa isto que também se aproxima um horrível crash nas bolsas? Com toda a certeza, ele chegará num certo ponto. A única questão é saber se acontecerá mais cedo ou mais tarde. Entretanto, há uma série de outros crashes económicos que merecem a nossa atenção neste momento."
Leia o resto aqui.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Bitcoin - cuidado!

A evolução da cotação Bitcoin/Dólar abaixo graficada (no Blasfémias podem ver a mesma coisa, embora invertida, para a cotação Euro/Bitcoin) não me parece poder deixar de ser classificada como a de uma descomunal bolha. Não que não haja muitas e boas razões para desconfiar - muitíssimo! - das moedas fiat. Não que não seja muito saudável - e necessário - o aparecimento de moedas não manipuláveis pelos governos e respectivos bancos centrais. Não que a Bitcoin não seja - que o é - uma extraordinária inovação que o mercado livre produziu na ainda largamente não-regulada internet
A minha questão é outra.

Ainda que se estejam a multiplicar rapidamente os fornecedores de bens e serviços dispostos a serem pagos em Bitcoin, esta moeda está ainda muito, mas muito longe de ser um meio de pagamente "largamente aceite" (sim, é verdade que a sua "capitalização" - número de bitcoins existentes vezes a sua cotação unitária face ao dólar - já ultrapassa hoje a respeitável fasquia dos mil milhões de dólares). Ora, muito simplesmente, não acredito que os Estados estejam dispostos a ceder na reserva que fizeram sua - para nossa desgraça, é certo - da emissão monetária. E se é verdade que a "arquitectura" da Bitcoin a torna muito difícil de a controlar - na sua produção, armazenagem, distribuição e pagamento - a verdade é que, como Robert Wenzel não se cansa de assinalar, o ponto mais frágil da Bitcois reside na sua conversão em moeda corrente (dólares, euros, etc.). Assim, bastará que os Governos tornem ilegal a transacção bitcoin para moeda fiat para que a cotação da moeda virtual caia na vertical, não sendo de excluir que possa descer até ZERO. Esta probabilidade, na minha modesta opinião, é muito elevada pelo que aconselharia muito cuidado aos especuladores de ocasião.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Epifanias, causas e consequências

Segundo o de hoje, os funcionários públicos terão os salários em risco no Verão. Como esta possibilidade não decorre de nenhum factor sazonal, a contracção da preposição "em" com o artigo definido "o" deveria ser substituída pela locução adverbial "a partir do" Verão, mês após mês. O título facilitaria assim uma melhor percepção do que significa estar viver à custa de empréstimos e, consequentemente, à mercê dos "humores" de quem empresta.

Mitos persistentes: FDR e a Grande Depressão

O lema da Prager University é promissor: Undoing the damage of the University... five minutes at a time. O pequeno vídeo que se segue é um desses exercícios.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Quanto tempo demorará desta vez?

Via Zerohedge, Luke Eastwood assina Decline And Fall Of The New Rome. Subscrevo as similitudes históricas detectadas (ver também Huerta de Soto aqui) pelo que me pareceu útil amplificar o seu conteúdo traduzindo o texto.
Inflação desenfreada provocada pela degradação da moeda, corrupção no aparelho de estado e acção correctiva [?!] do nanny state que apenas agrava a situação. Declínio do comércio em consequência das guerras para controlar o império, massiva sobre-utilização extensiva dos militares, com cada vez maiores despesas com as forças armadas, financiadas por aumentos nos impostos sobre os cidadãos, especialmente sobre aqueles com menos condições de os pagar.

Soa-lhe a algo de familiar? O parágrafo acima não descreve a nossa sociedade actual mas a do Império Romano desde o século III em diante. No entanto, qualquer um seria desculpado caso pensasse que eu estava descrevendo as economias ocidentais em declínio dos Estados Unidos, do Japão e da Europa.

As semelhanças entre o declínio do antigo Império Romano e do actual império ocidental são muito marcadas. Não somente os mesmos erros estão sendo cometidos pelos nossos governantes, mas o simbolismo e a estrutura dos nossos governos diferem notavelmente pouco dos de Roma. Basta um olhar à Casa Branca, ao edifício do Senado dos EUA, ao Banco da Inglaterra, etc.: não é coincidência que todos eles tenham sido construídos seguindo o estilo romano.

Assim como os romanos depreciaram o seu denário de prata, que tinha um teor de 95% no tempo de Augusto, nos finais do império ele era apenas de 0,2%. Agora mesmo os governos ocidentais estão envolvidos numa guerra de desvalorizações que acabará ultimamente por nos conduzir à hiperinflação - tal como aconteceu ao longo de todo o Império Romano.

Todas as tentativas de estabilização da economia do império falharam - como aconteceu, por exemplo, com as reformas de Constantino e Diocleciano, tal como os ineptos esforços da nossa actual classe política estão penosamente a falhar.

Para aqueles que podiam recorrer às moedas de ouro em vez de a substitutos de moeda (i.e., adulteradas moedas de prata), era possível deter poder de compra efectivo e capacidade para satisfazer as suas obrigações fiscais perante o império. Infelizmente, com frequência, e devido à inflação desenfreada, era impossível aos cidadãos mais pobres conseguirem pagar os seus impostos, o que significava, em consequência, terem que abdicar do seu património.

Por fim, apenas os genuinamente ricos e os funcionários do estado, como os soldados e os burocratas, tinham algum poder de compra real. A grande massa da população foi cada vez mais pressionada e o tecido do império começou a romper-se.

Ouvir-se-ão campainhas a tocar? É claro que, neste clima actual de incompetência e indiferença políticas, são os contribuintes e cidadãos comuns da Europa, do Japão e da América que estão pagando o estado inchado, um sector financeiro protegido e corrupto e, sobretudo, a sobre-extensão imperial das (supostas) ex-potências imperiais dentro da NATO.

Assim como Roma não entrou em colapso de um dia para outro, o mesmo sucederá ao eixo americano/japonês/europeu. Todavia, o que é claro é que a história se está repetindo - as economias ocidentais estão condenadas ao fracasso se não forem radicalmente reformadas.

Tal como em Roma, a corrupção em todos estes estados é endémica pelo que esperar por uma reforma é como esperar que um juiz ordene a sua própria execução, por obstrução  à justiça. Deste modo, o que podemos esperar será um declínio gradual e uma inexorável queda; a única questão real para discutir é: quanto tempo demorará desta vez?

domingo, 7 de abril de 2013

A ser verdade, ainda teríamos de agradecer ao Tribunal Constitucional

Pedro Passos Coelho, hoje (realce meu):
«[Q]uero dizer a todos os Portugueses, que o Governo não aceita aumentar mais os impostos, que parece ser a  solução que o Tribunal Constitucional favorece nas suas interpretações. Fazê-lo poria em causa irremediavelmente as nossas possibilidades de recuperação atempada da economia e da criação de emprego. Por conseguinte, só nos resta a alternativa de acelerar e intensificar alguns aspectos da reestruturação do Estado com impacto directo na despesa pública. Mas agora, dadas as restrições impostas pelo Tribunal Constitucional, teremos de o fazer com instrumentos de outra natureza.»
Lamento descrer profundamente da real concretização destas intenções anunciadas já que, quisesse fosse o Governo capaz de as levar à prática, porquê então o(s) "enorme(s) aumento(s) de impostos" que se verificaram até aqui?

Pensamento mágico ilustrado

Cortesia do Jornal de Notícias de hoje.

sábado, 6 de abril de 2013

A incontestável constitucionalidade para aumentar os impostos

não faz antever muitas possibilidades depois do anunciado chumbo pelo TC, desta feita com efeitos retroactivos, de algumas normas do Orçamento. Por conseguinte, na ausência de qualquer espécie de arrojo político deste Governo, irá na certa significar uma redefinição do "enorme aumento de impostos" em vigor o que, evidentemente, se fará à custa do que ainda resta do sector privado da economia.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Epilogando

Não me apetece falar do assunto de hoje. Os efeitos do vómito persistirão ainda por muito tempo.

Como não aprenderam nada, o próximo estouro será muito maior

Obama administration pushes banks to make home loans to people with weaker credit.

Como Henry Hazlitt, no prefácio à 1ª edição do seu indispensável livro "Economia numa única lição" (pdf em português), escreveu: "[M]uitas das ideias, que agora passam por brilhantes inovações e progressos, são, na realidade, mera revivificação de antigos erros e mais uma prova do ditado, segundo o qual todo aquele que ignora o passado está condenado a repeti-lo".

Não aprenderam nada.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Solidariedade térmica Sul-Norte

Com os meus agradecimentos ao leitor Sérgio pela indicação do vídeo, aqui me associo ao Espírito Pascal que ele veicula, como JoNova bem assinala:

Manobras climáticas em plena Quaresma

Como observou recentemente o Prof. Roger Pielke, ainda no rescaldo do furacão Sandy, "[t]he actual reason for the increasing number of damaging tropical storms has to do with the reporting of damages" (itálico meu). Ora, creio que haverá fortes razões para suspeitar que esta asserção será válida para muitos outros fenómenos onde a importância social(izada) e, em consequência, a sua importância política, é função directa da amplitude que os media  lhe quiserem dar. E não se trata aqui dos efeitos da tabloidização  mas antes dos media de "referência", em tandem com uma intelectualidade diversa que partilha entre si, ainda que com cambiantes, uma devoção muito comum: a defesa de "interesses de grupo" para cuja concretização é essencial o concurso de uma qualquer forma de intervencionismo estatal.

Retirado daqui
É assim muito interessante constatar a circunstância de, em plena Quaresma, duas publicações de referência,  a The Economist e a Der Spiegel, terem para um "realinhamento de tropas" na cruzada climática. Na Economist, sob o circunspecto título de "A ciência climática - uma matéria sensível", leva-se a cabo o que poderíamos classificar de algo muito próximo de um longo exercício de contrafactual:  e se, por hipótese, "a ciência não estiver estabelecida"? Já na Spiegel, como Pierre Gosselin aqui nos alerta, num texto de título muito agressivo - Teorias da conspiração: o que motiva os negacionistas -, se levava a cabo um muito significativo downgrade no habitual alarmismo climático já que, agora "a esmagadora maioria dos cientistas climáticos concordam em que o clima está a mudar e que as emissões de CO2 induzidas pelo homem têm uma influência neste processo" (realce meu). Espantoso, não é? Dir-se-ia escrito por um céptico...

Bem, tudo isto não deve estar desligado da teimosia persistente dos factos em não aderir aos modelos climáticos que têm fornecido a suposta justificação científica para as políticas energéticas suicidas que os países ocidentais vêm seguindo para "salvar o planeta". A coisa é de tal ordem que agora, ao que parece, a culpa pela falta dos sintomas do aquecimento global nos últimos 16 anos se deverá ao ritmo crescente de utilização de carvão - sim, do carvão!!! - que se verificou a partir de 2000 (culpa dos chineses e indianos). A hipótese, científica  claro está, vem de nada mais nada menos do que de James Hansen!