sábado, 13 de abril de 2013

Nas vésperas de um novo e gigantesco crash?

A semana que passou foi marcada pela sucessiva ocorrência de novos recordes nos índices bolsistas norte-americanos. A avaliar pelo que se vai lendo nos media do mainstream, tratar-se-á de um sinal de que, apesar do que algumas Cassandras vêm escrevendo, o optimismo dos agentes económicos americanos manifesta, talvez não, vá lá, um forte vento de popa (há quase 48 milhões de americanos a viver de "vales" de refeições),  mas, pelo menos, apresentará sinais "encorajadores".

Há uma leitura radicalmente alternativa a esta que conduz sem surpresa a um diagnóstico oposto: a exuberância bolsista está, há anos, a ser fabricada, exclusivamente, pela crescente e infindável manipulação monetária da Fed (QE) acompanhada da destruição/erradicação dos aforradores pela fixação administrativa de taxas de juros baixíssimas (ZIRP). Tudoo isto em benefício de Wall Street às expensas da Main Street (recorde-se que "não há almoços grátis"). Estou crescentemente convencido que aí vem uma nova crise financeira global - a exuberância paga-se, e o estouro sempre se sucedeu à bolha.

Via ZH, Michael Snyder inicia assim os "11 crashes que estão acontecendo AGORA MESMO" (minha tradução):
"O mercado accionista ainda não entrou em crash, mas há muitos outros colapsos a acontecer agora no mundo das finanças. Tal como vimos suceder em 2008, as acções estão a demorar um pouco mais de tempo para se alinharem com realidade económica. Mas praticamente para qualquer lado que se olhe, há sinais de que se iniciou uma avalancha financeira. As Bitcoins crasharam, as cotações do ouro e da prata estão a afundar, o preço do petróleo e a procura global por energia continuam a diminuir, os mercados bolsistas por toda a Europa estão entrando em colapso e o indicador da confiança dos consumidores nos Estados Unidos teve o maior revés (face às expectativas existentes) de que há memória. De muitas formas, tudo isto é extremamente reminiscente de 2008. À parte o colapso da Bitcoin [inexistente em 2008], quase tudo o que está agora a acontecer também aconteceu então. Significa isto que também se aproxima um horrível crash nas bolsas? Com toda a certeza, ele chegará num certo ponto. A única questão é saber se acontecerá mais cedo ou mais tarde. Entretanto, há uma série de outros crashes económicos que merecem a nossa atenção neste momento."
Leia o resto aqui.

3 comentários:

Carlos Rebelo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
BC disse...

As bolas antecipam a economia. Repare-se na bolsa portuguesa que sobe enquanto a economia se afunda.

O estabelecimento de novos máximos nos índices americanos é muito saudável. Enquanto o S&P500 não quebrar em baixa os 1.575 pontos não vejo caso para alarme.

De uma coisa eu tenho a certeza. A existência de um sentimento de crash (como estr artigo) é uma segurança para a subida das bolsas. Os crashs só existem quando toda a gente anda euforica e se esgotam os compradores. Foi assim em 2008 e em 1929.

Eduardo Freitas disse...

Caro BC,

Estamos pois em desacordo sobre este tema.

Saudações