terça-feira, 6 de agosto de 2013

Alterações climáticas em 12 minutos: a posição dos cépticos

Via Pierre Gosselin, eis um vídeo que veicula o conteúdo de um artigo publicado no ano passado, da autoria de David M. W. Evans, matemático e engenheiro electrotécnico, especializado no estudo dos fenómenos de feedback em sistemas complexos. Nele se sistematiza, num registo acessível para um leitor leigo mas interessado, onde realmente reside a área de disputa entre os alarmistas climáticos e os cépticos, ainda que ambos os campos partilhem o reconhecimento pela física conhecida (não pela "física" dos modelos, particularmente quando a realidade se recusa a comportar-se de acordo com as "previsões" dos mesmos). Ora, como também se explicava num artigo assinado por Warren Meyer na Forbes (que na altura da sua a publicação aqui assinalei), é exactamente na quantificação dos efeitos de feedback que reside a disputa científica. Enquanto para os alarmistas estes efeitos multiplicariam por um factor de 3 o efeito directo na temperatura de maiores concentrações de CO2 na atmosfera, para os cépticos esse factor é, provavelmente, inferior a 1.

E aqui voltamos a assistir a  uma curiosa similitude entre a tentativa de modelização de fenómenos físicos complexos e não lineares com aquela que os keynesianos intervencionistas sustentam ao reclamar que no funcionamento de uma economia -  sistema igualmente não-linear e de uma complexidade ainda maior que o mundo físico já que cada pessoa age motivada pelos seus próprios interesses, ao contrário, por exemplo, das pedras - existiria um "efeito multiplicador" (maior do que 1, claro) de um delta adicional de despesa pública. Ora, há cada vez mais evidências empíricas (a juntar às lógicas de longa data) que o "multiplicador" é, na realidade, um divisor! 


A transcrição da narrativa usada no vídeo, bem como dos elementos gráficos nem sempre muito nítidos no vídeo, estão disponíveis aqui.
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P.S. - Um particular abraço caloroso de amizade para com o Maurício Porto, que voltou à actividade ao seu Terrorismo Climático depois de ultrapassado um período menos fácil. Um grande bem-haja!

2 comentários:

Lura do Grilo disse...

Fiz uma vez uma conta muito simples e seguramente muito superficial. Pesquisei pela quantidade de energia produzida no planeta pelo Homem. Considerei a Terra um corpo negro sujeita a um aumento de temperatura de 3ºC e os resultados eram interessantes: a emissão de energia da Terra para o espaço era várias vezes superior à produzida pelo Homem. Claramente um mistério de quase "fusão a frio".

Nia disse...

Talvez por isto Obama "não tenha tempo" para debater a society of the flat earth