segunda-feira, 9 de junho de 2014

Para lá das primeiras linhas dos balanços

Quando queremos - mesmo - compreender o alcance do jogo que decorre para lá dos títulos das edições políticas ou económicas dos meios de comunicação convencional, podemos encontrar quem nos explique. A seguir partilha-se um programa gravado (podcast) acerca do que são os grandes movimentos financeiros que misturam autoridades soberanas e grandes operadores institucionais.
O que está para lá das primeiras rubricas dos balanços não é bonito. Essas rubricas são as mesmas em que todos parecem acreditar (vejam-se os índices bolsistas) e nas quais grandes entidades financeiras, bancárias ou industriais se apoiam para obter avaliações que, de seguida, hão-de respaldar créditos para negócios cada vez mais especulativos e nos quais o risco se encontra, em absoluto, distorcido. O desfecho dos quais, todavia, se encontra assegurado. E assim sucessivamente… "estando uma parte da mesa a acumular todas as fichas".




O conteúdo da entrevista é um pouco técnico, mas dá para perceber que, numa economia livre, próspera e saudável, estes acordos e entendimentos que defendem interesses obscuros, são simplesmente insustentáveis.
Mas a peça continua. Até quando?

2 comentários:

floribundus disse...

trabalhei no sector de marketing duma multinacional gringa

que só não faleceu em 87 porque se incorporou noutra

para valorizar as acções tinha:
11 meses de despesa
13 meses de receita

a média aritmética estava certa

LV disse...

Floribundus,

Uma pérola, essa sua descrição.
Todavia, creio que, ao ouvir os relatos que esta entrevista possui, conclua pela exponencial ginástica nos balanços para acomodar mais do que médias aritméticas. Diria que eles albergam todo um mundo que desconhecemos. E há quem receie que se torne público.
Não sei se terá sido Henry Ford que disse: "se um dia o comum cidadão soubesse como funciona o sistema bancário e financeiro, haveria revoluções na manhã seguinte." Sabia-o por dentro, portanto.

Saudações,
LV