quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Agora que a prosperidade está a chegar

(mais cedo ou mais tarde) como Mario "Whatever It Takes" Draghi anunciou hoje, estes 3'30" de entrevista telefónica a Marc Faber parecem-me vir bem a propósito. Note-se, também, a reacção da pivot à alfinetadela sem enfeites que Faber endereça aos media convencionais (no caso, a CNBC) que invariavelmente rejubilam com a infinita sageza e altruísmo dos banqueiros centrais (apesar do SNB suíço...).

2 comentários:

JS disse...

O ponto mais importante deste QE -versão BCE- este "remédio", hoje anunciado é ... o seu anúncio, oficial.

Os alemães, via BCE, reconhecem, oficialmente que este Euro, esta Europa, parida (muito mal) a Tratados, assim como está não está bem ... nem para eles!.

Ao contrário dos seres vivos que têm alguma capacidade de auto-regeneração os Tratados, mesmo que bem medicados, não se auto-regeneram em coisa saudável. Tornam-se apenas em Tratados (muito) obsoletos.

What´s next?.

LV disse...

Eduardo,

O sorriso contido - que identificávamos na escola entre colegas que acabam de fazer/ver um disparate - aqui tem uma dimensão muito mais gravosa. Não apenas porque a pivot já não está nos bancos da escola (ainda que umas aulas com Tom Woods ou Hans Herman-Hoppe, lhe fizessem muit bem!), mas por que é um troçar de alguém profundamente ignorante da realidade económica e social que habita. Embora com a consciência de que sabe. Não fizesse parte de uma cadeia de televisão.
Mas porque não sorri a pivot ao contemplar os seguintes números (dívida total pública e privada - fonte Lacy Hunt):
- EUA: 334%
- Zona Euro: 460%
- Japão: 655%.

Sócrates (o filósofo, atenção) bem dizia que o pior mesmo é julgar que se sabe, não sabendo. Saber-se ignorante é um passo determinante.
Talvez deixasse de troçar. Pelo menos.

Saudações,
LV