segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Radar

SURPRESA! Não foi só a Holanda a repatriar as suas 122 toneladas de ouro em 2014. A Alemanha prosseguiu com a operação de repatriamento (de Nova Iorque e de Paris para Francoforte) do seu ouro. Assim, como relata o próprio Bundesbank e com o apoio do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS), a Alemanha repatriou 120 toneladas de ouro. Que teve de refinar e depurar para melhorar o estatuto da reserva (de acordo com os padrões LBMA). Mas os bancos centrais não estão de acordo com Bernanke, quando este disse que "o ouro é apenas uma tradição"?
Receio que havemos de ter mais algumas surpresas.
Se são boas...

2 comentários:

Eduardo Freitas disse...

LV,

E quanto ao ouro do estado português (a parte que ainda resta da "pesada herança"), é conhecida a sua localização física?

Saudações

LV disse...

Caro Eduardo,

As fontes divergem. Mesmo os relatórios do BdP não são claros, ou seja, usam linguagem técnica para descrever balanços, movimentos e até localizações.
Dou-lhe dois exemplos:
- no relatório de 2013 há uma rubrica que indica que 50% das nossas reservas estão no BdInglaterra - descritas como empréstimo... até me arrepio em pensar que jogadas isso possa significar;
- obtive da Hard Assets Alliance um relatório cujos dados, de origem WGCouncil e FMI, dizem que Portugal comprou 2,9 mil onças (pouco mais de 96 quilos) de ouro em Maio de 2014;

Já inquiri alguns investigadores (KJansen e BSucheki), mas a confusão é completa.
Aproveito para deixar aqui um pedido aos nossos leitores: se puderem trazer mais alguma luz a este assunto (alguma referência, fonte ou documento que possam indicar), ficava muito agradecido.

Tenciono esperar pelo relatório e contas de 2014 para poder aferir desta última aquisição, especialmente por ter (alegadamente) sido feita por um país em programa de assistência de entidades externas (uma delas o FMI). Outra hipótese será inquirir o próprio BdPortugal e esperar.
O que me assusta é pensar que estes movimentos podem ter a ver com créditos ou débitos de contas em ouro... face às arquitecturas da nossa dívida e envolver o FMI.

Um forte abraço,
LV