quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Que Tempo e que Modo?


Edelmann


Não obstante as manobras de curadoria da peça colectiva, a realidade teima em mostrar-se rugosa, assimétrica e plena de dimensões sombrias. Desafiadora.

Aos leitores do Espectador Interessado, os seus autores desejam Festas Felizes e um próspero ano de 2016. Pleno de realismo e espírito crítico.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Agora que já sabemos





Que os leitores me desculpem o exagero imagético.
Não é uma boa maneira para traduzir a ficção em que nos encontramos?
Yellen subiu as taxas de juro. À entrada de um abrandamento. Global.
E com a Europa à porta de taxas negativas...
Em que canal passa o "Twilight Zone"?

domingo, 13 de dezembro de 2015

Radar

A Tvi24 está a dar a notícia de que o Banif fechará esta semana. Esperava-se que a FOSUN comprasse o banco na semana passada. Tal não aconteceu e o banco, assim parece, vai cair. Segundo a mesma fonte, a CGD ficará com a "parte boa" do banco. Estão previstas perdas para accionistas e depositantes.
Acompanhar aqui.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Cogitações (3)

Esta semana Draghi fez das suas. Mais uma vez.
Estamos em plena Idade Dourada dos Bancos Centrais, mas esta última decisão política da equipa de burocratas do BCE teve efeitos contrários ao que era desejado.
O (ir)racional costumeiro é o seguinte: o BCE continua a comprar dívida mensalmente, conferindo liquidez ao sistema; junta-se-lhe uma taxa de juro interbancária um nadinha mais negativa para provocar uma resposta automática no crédito concedido pelos bancos à economia; pelo caminho, desvalorizava-se a moeda e isso traduzia-se numa melhoria nas exportações. E, pronto, a modos que era isto.
Mas o euro subiu mais de três por cento! E os índices bolsistas estão, no mínimo, anémicos!
Para quem está Draghi a trabalhar, afinal? Terá dado uma ajudinha a Yellen? Porquê?

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Ritmo Perceptível

Movimentações estratégicas

As vendas das moedas de ouro e prata (a peso) pela U.S. Mint está ao rubro nos EUA. No passado mês de Novembro, as vendas das American Eagle em ouro (1oz.) triplicaram relativamente ao mês anterior. E a mesma moeda em prata (1oz.) também alcançou um recorde anual de vendas. Os números provam a magnitude da dinâmica: 97 mil onças (mais de três toneladas!) só para a American Eagle em ouro, aumentando 185% desde Outubro anterior e 62% face ao ano anterior. Estes números esgotaram as moedas cunhadas em 2015. No caso da prata, já se ultrapassou o recorde do ano passado e os valores já ultrapassaram as 44 milhões de onças (mais de 1400 toneladas!).
Importa ter presente que a U.S. Mint só vende a um punhado de revendedores autorizados e que esta dinâmica coincide com uma descida do preço dos metais preciosos, em particular quando o seu preço é calculado em dólares.
Veja-se o gráfico abaixo onde se apresentam os números genéricos para a venda total de moedas em ouro pela U.S. Mint.


Notas finais:
A moeda chinesa (yuan) foi, no dia de ontem, aceite pelo Fundo Monetário Internacional para fazer parte da composição do cabaz das moedas-reserva dos Direitos Especiais de Saque (SDR´s), ao lado do dólar, da libra inglesa, do euro e do yen. Este é um marco histórico de que ainda não vislumbrámos, plenamente, as consequências. Não se duvide que a moeda chinesa aumentará o seu peso nesse mesmo cabaz (representa, neste momento, aproximadamente 11% das reservas, comparando com os quase 31% para o euro) para fazer espelhar a sua importância económica e estratégica.

Actualização: a declaração oficial do Fundo Monetário Internacional - aqui.